terça-feira, 15 de setembro de 2015

Resenha: Spartacus, O Gladiador



Aqui estou de volta com a segunda resenha do blog!
Dessa vez, venho falar de um livro que li "na cega" pois nunca havia ouvido falar dele, e muito menos do autor.
O vi para vender nas Lojas Americanas por um preço bem acessível e, como o título e a capa chamaram bastante a minha atenção, não hesitei em comprar!

Confesso que nunca tive um contato aprofundado com a história de Spartacus, apenas conhecia o "básico" sobre ele. Enxerguei esse livro como uma boa oportunidade de aprofundar esse conhecimento e, além disso, de ter um contato maior com a Roma antiga, que é um assunto que me interessa deveras!

Logo no início da narrativa, Spartacus retorna à sua terra natal, a Trácia, depois de lutar no exército romano por um certo período. No entanto, ele descobre que sua terra está nas mãos de Kotys, que usurpou o trono.
Mesmo revoltado com a situação, ele acaba conhecendo e se apaixonando por Ariadne, uma sacerdotisa do deus Dionísio, que acaba acompanhando-o em sua trajetória, o que inclui um certo período no ludo como gladiador, e depois, como o líder de um exército contra os romanos. (Gostaria de falar mais sobre o enredo, mas se for além disso posso soltar spoilers, e perderia a graça, rs) O livro dá mais ênfase (minha opinião) nas batalhas de Spartacus contra o exército romano (onde vários escravos se juntam à ele), e não nas suas batalhas ocorridas no ludo, como gladiador. Não que isso seja um problema, pelo contrário.

A história é altamente agitada. Em nenhum momento eu "relaxei" durante a leitura. Possui um enredo cheio de reviravoltas e traições, nunca se sabe o que está prestes a acontecer, quem vai morrer, quem vai atacar ou em que momento isso vai acontecer. Eu me senti como um dos soldados, sempre alerta, sempre na expectativa! Acho que foi por isso que li tão rapidamente. Ah, e só para acrescentar: O livro é cheio de lutas e de batalhas muito bem escritas e maravilhosas! O que é natural, já que o foco principal é este. Sou apaixonada por cenas desse tipo, o que também fez com que o livro ganhasse mais pontos comigo, haha.

Como já disse anteriormente, eu não conhecia o Ben Kane. Ele é um ótimo escritor, escreve de um modo bastante simples e acessível, a linguagem é dinâmica e nem um pouco enfadonha, chega até a ser muito viciante! Espero que publiquem mais trabalhos dele aqui, no Brasil.

Outro aspecto que gostei bastante no livro, além da narração e das ótimas cenas de ação, foi a construção dos personagens. Pensei que eles não fossem bem explorados, mas estava enganada. Spartacus e Ariadne são maravilhosos. Ben escreveu sobre o romance deles de uma forma bastante pura, o que contrastou com a violência do livro. Outro personagem que também me chamou a atenção foi o Carbo, no início pensei que ele seria um "chatinho", mas acabou me conquistando, também.

E sobre a questão da Roma Antiga, o livro realmente é um verdadeiro documento, retratando muito bem o modo como prisioneiros eram vistos, o comportamento dos soldados durante as guerras, toda a fé que o povo tinha nos deuses (sempre implorando pela ajuda do Cavaleiro, de Júpiter, Marte e mandando os inimigos irem à Hades, rs) assim como a dura realidade da vida e da sociedade, principalmente em relação às mulheres. O medo da violência e do estupro, aparentemente, não é típico apenas dessa época, como nós podemos ver muito bem nos dias de hoje.

Portanto, é um livro que recomendo fortemente, principalmente para quem gosta de uma narrativa viciante, ação, história e até mesmo mitologia.

Capa: ***
Personagens: ***
Enredo: *****

4 estrelas de 5! Um ótimo livro!


Agora, deixo aqui com vocês a capa do segundo volume (a série é composta por apenas dois livros) que já está na minha estante e mal pode esperar para ser lido! Em breve postarei a resenha do segundo.

Espero que tenham gostado.

Fiquem bem.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Resenha: Quem é Você, Alasca?


 "Se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa, e ela, um furacão"

Depois de muitas eras sem dar as caras, venho aqui anunciar a primeira resenha do blog!
Sem enrolações, serei bem direta:

Eu não estava com vontade de ler esse livro. Nenhuma. O fato de ser considerado por muitos a melhor obra de John Green (Sim, o mesmo autor de A Culpa é das Estrelas e Cidades de Papel) confesso que nunca me senti atraída para lê-lo.

Ora, e se você não queria lê-lo, por quê comprou?
Bem, ele estava à venda em um sebo por dez reais. Eu estava com o dinheiro no bolso, não queria voltar para casa com as mãos abanando. E o comprei. O livro passou um bom tempo esquecido na estante, e, se não fosse pelo ritmo puxado da escola, que me obrigou a ler um livro mais fino (este tem 200 e poucas páginas) acabei resolvendo dar uma chance para ele.

Quem é Você, Alasca? Conta a história do jovem Miles, um adolescente fissurado por últimas palavras que vivia uma vida sem graça, morna, sem ninguém realmente importante para ser chamado de "amigo". Tudo muda quando ele resolve estudar em Culver Creek, um colégio interno onde Miles consegue ter uma configuração de como é a "vida de verdade". Em meio à cigarros, bebidas, novos amigos e trotes, o garoto conhece (e se apaixona) por uma moça chamada Alasca Young. Alasca é um verdadeiro mistério. Meiga em alguns momentos, muito esperta, às vezes bruta, ela tinha várias faces, difícil descobrir uma verdadeira. E é esse seu mistério que nos faz, de certa forma, também querer saber quem é Alasca, quais suas intenções, o que ela realmente quer, pois, em alguns momentos, nós nos identificamos com ela. Outras vezes, nos identificamos com Miles. E, dessa forma, a história toma prumo.

A narração é fácil. O livro possui uma leitura rápida, no entanto, a história demora para chegar ao seu "ponto alto", não que Green enrole, e sim porque ele apenas estava "armando o terreno". O enredo é surpreendente para uma história que me parecia mais um romancezinho adolescente, não é a toa que devorei as últimas páginas com muita avidez.

Os personagens, com exceção de Alasca e do Sr. Hyde (Sim, queria ter um professor como ele, haha!), não chamaram muito a minha atenção. Nada de surpreendente. Aliás, acho que o autor poderia tê-los explorado um pouco mais.

Um ponto positivo no livro são as pequenas indagações filosóficas feitas, esse aspecto eu curti bastante, assim como a questão das últimas palavras. Realmente me fez pensar um pouco, e gosto de livros que provocam esse efeito em mim.

John Green não é ruim, mas definitivamente não é meu estilo de leitura. Não sei se lerei algo dele novamente. Quem sabe no futuro! De qualquer foma, não me arrependi de ter lido este livro.

Concluindo, aqui vai uma avaliação geral (Valendo 5 estrelas).

Capa: ****
Personagens: ***
Enredo: ***

Fazendo uma média, dou 3 estrelas de 5. Um livro mediano.

Espero que tenham gostado da resenha. Prometo voltar o mais breve que puder. Obrigada!